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Chapada Diamantina: Roteiro para quem busca paz ou aventura

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Por: Paulo Amanco

-A região denominada de Chapada Diamantina, cravada no coração do Estado da Bahia, reúne vários municípios e é um roteiro certo, tanto para quem busca paz e tranquilidade quanto para quem está atrás de história e aventura.

Belos rios e cachoeiras com águas cristalinas, paredões, desfiladeiros, cânions, grutas e cavernas marcam o cenário de rara beleza da Chapada Diamantina. Reduto de belezas naturais, a Chapada abarca uma diversidade grande de fauna e flora. São inúmeros tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras, além de espécies animais raras, como o tamanduá-bandeira, tatu-canastra, porco-espinho, gatos selvagens, capivaras e inúmeros tipos de pássaros e cobras. O Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado na década de 80, atua como órgão protetor de toda essa exuberância.

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LENÇÓIS – Portão de entrada da Chapada Diamantina, é conhecida como Capital do Diamante. A cidade é cercada por belezas naturais e possui um rico patrimônio histórico e arquitetônico, com casarios de estilo barroco, que dão um toque especial ao lugar. É um dos principais destinos turísticos do país. Os passeios ecológicos são uma boa pedida para quem gosta de estar em contato com a natureza. A Cachoeira da Primavera, por exemplo, com seis metros de altura, água forte e gelada, onde o banhista relaxa com a massagem natural da água. A 412 quilômetros de Salvador, o acesso à cidade se dá através das rodovias BA-850 e a BR-242, e pelo Aeroporto de Lençóis.

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MUCUGÊ – Dona de uma beleza ímpar, a cidade de Mucugê possui uma rua, onde se encontram belíssimas casas coloniais, a exemplo do prédio da Prefeitura e da Igreja Matriz de Santa Isabel. O município reúne uma variedade de atrativos naturais, como serras, capões e praias do Rio Paraguaçu, com destaque para o Poço Encantado – passeio obrigatório para o visitante, tal a sua beleza. O poço fica em uma gruta de profundidade de 40 metros com águas tão cristalinas que chega a se avistar o fundo. Entre os principais pontos turísticos da cidade está o Cemitério de Santa Isabel, que chama a atenção por seu estilo bizantino e pelas aparições intergaláticas, vistas e fotografadas por muitos na Serra do Capa Bode.

Para se chegar em Mucugê, partindo de Salvador, vai até Feira de Santana pela BR-324; de lá, pela BR-242 é possível chegar a Itaberaba e, depois, pela BA-142.

BONITO – Já a cidade de Bonito tem características peculiares, como a gruta do Cristal, que fica na região da caatinga, em um parque ecológico, e é utilizada principalmente para reuniões espíritas. O município é uma ótima opção para quem gosta da prática de esportes radicais. Devido à sua topografia irregular, os praticantes de canyoning, caving, cascading e rapel são os mais atraídos.

SEABRA – Com diversas opções de turismo, inclusive no que diz respeito à aventura, Seabra se destaca pela quantidade de grutas, cachoeiras, serras, vales e balneários que possui. Com uma rica fauna e flora, o Pantanal dos Marimbus, área de proteção ambiental, é formado pela confluência dos rios Santo Antônio, Utinga e São José e consiste em um importante atrativo turístico da região.

PALMEIRAS – Já em Palmeiras encontra-se o santuário do ecoturismo e dos redutos esotéricos. É lá também que fica o famoso e belíssimo Vale do Capão, onde o visitante desfruta de experiências místicas e da mais alta cachoeira do Brasil, a Cachoeira da Fumaça. As formações montanhosas são de beleza singular, em que se destacam os morros do Pai Inácio, do Camelo e Morro Branco. O município fica a 439 km de Salvador e pode-se chegar por avião, pelo aeroporto de Lençóis. Daí até Palmeiras, pela BR-242, são 21 km.

CAMPO FORMOSO – Reduto de riquezas minerais, flora nativa exuberante e um rico manancial de água doce formado pela Bacia Hidrográfica do Rio Salitre e outras várias nascentes de rios, Campo Formoso é famosa por suas grutas e comércio de esmeraldas.

A Toca da Boa Vista, maior caverna do Brasil e Hemisfério Sul, com mais de 100 km de galerias, é um dos mais importantes sítios espeleológicos e paleontológicos brasileiros. Distante 400 km da capital, tem como acessos a BA-374, BR – 320 e estrada vicinal.

MORRO DO CHAPÉU – Com grandes cavernas, grutas, cachoeira e buracos que chegam a 60 metros de altura, a cidade de Morro do Chapéu possui um grande potencial para a prática de esportes radicais, além da Gruta dos Brejões, que se destaca como uma das mais importantes do país, com uma abertura de 123 metros de altura. A cidade é muito visitada por romeiros, devido a sua conotação religiosa com cruzeiro, altar, imagens e locais de oferendas. Morro do Chapéu fica a 386 Km de Salvador, com acesso por rodovias e via aérea.

Ipirá e Itaberaba: Caminho dos estradistas

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A partir de relatos orais e escritos conta-se que Ipirá teve suas terras desbravadas na primeira metade do século XVII, por entradistas portugueses que partiram da Vila de Cachoeira, adentrando o sertão baiano. Esta expansão se deve a diversos fatores, dentre eles, a descoberta de diamantes na região central da Chapada, assim como a expansão da pecuária. Além da presença do branco europeu, tivemos a ocupação na região da Serra da Caboronga, de núcleos quilombolas, resultado de fugas de escravos da região canavieira, no litoral. Esses refúgios coincidem com a área de ocupação dos nativos, pertencentes à tribo dos Paiaiás, cuja história dessa região está associada à invasão portuguesa no litoral baiano para a produção da cana-de-açúcar, o que provocou um recuo dos índios para áreas sertanejas.

A cidade de Ipirá está localizado no Médio Paraguaçu, com a presença predominantemente de formações cristalinas e de um clima semiárido. Estes aspectos contribuíram para o desenvolvimento da “feira livre de Ipirá”, visto que, por volta de 1754 a cidade ficou caracterizada como pouso obrigatório das tropas que demandavam às lavras diamantinas. Com o passar dos tempos a feira livre fixou-se às quartas-feiras, atraindo muita gente durante anos para a ‘Praça do Mercado’ e atualmente para o Centro de Abastecimento.

Com tanta alegria que contagia a quem chega na cidade. Os festejos ipiraenses atraem turistas do estado e região. O São João é a festa mais tradicional em nosso município, comemorado todos os anos com o Arraiá do Camisão, busca manter as tradições, trazendo para a cidade comidas e bebidas típicas, quadrilhas e muito forró. Em cima, temos o cenário rústico, típico da zona rural do município. Vale ressaltar que, até 1994, comemorava-se a micareta na cidade. Atualmente só se comemora o aniversário da cidade e o São João.

Itaberaba: Pedra que brilha

O município de Itaberaba, localizado no centro leste do Estado da Bahia, nas margens da BR 242 (Salvador/Brasília), é considerado o Portal da Chapada Diamantina. Eram os índios Maracás que dominavam todo o Vale do Paraguaçu, porém vencidos pelos conquistadores a partir de 1673. Um marco significativo na história de Itaberaba é a construção da capela de Nossa Senhora do Rosário do Orobó, edificada em 1809 por Antonio de Figueiredo Mascarenhas e, assim, em volta desta capela se desenvolveu a cidade atual. “É justamente aí neste centro histórico que estão as construções mais antigas: casarões coloniais que ainda guardam um pouco da história antiga de Itaberaba”.

O nome Itaberaba, que, literalmente, na língua indígena significa pedra reluzente, ou pedra que brilha (que está situada a 25 km da cidade e ergue-se majestosamente no meio do vale, de onde originou o nome da cidade.

Na época do Descobrimento do Brasil, as terras que hoje pertencem ao município de Itaberaba já eram habitadas pelos grupos indígenas dos Maracás, da raça dos tapuias, do grupo linguístico Quiriri, que antes viviam no litoral de onde foram expulsos pelos Tupinambás e/ou Tabajaras.

Fonte: historiadobrasiluneb.blogspot.com.br

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