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Caetité: Escolas Municipais celebram os 207 anos de emancipação do município

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Como é de sua tradição, Caetité amanheceu o dia 05/04 em festa em comemoração dos 207 anos de emancipação política do município. Já às 8h30, as escolas municipais se organizaram em desfiles, com saída do Parque das Árvores, ao qual se juntou a turma do Passeio Ciclístico, na Avenida Santana. Ao chegarem ao anfiteatro da Praça da Catedral, grande massa de populares já se reunia para acompanhar as muitas e diversificadas apresentações do projeto “Caetité: minha cidade, minha história”.

A ação foi realizada pelas secretarias municipais da Educação e da Cultura, destacando-se, dentre outras, apresentações de diversos trabalhos (poemas, redações, acrósticos, mosaicos, desenhos, vídeos, cordéis e murais fotográficos), relacionados ao aniversário da cidade.

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O prefeito Aldo Gondim, destacou a importância da realização do projeto como forma de celebrar a cultura e a educação caetiteenses. “Essa é uma linda manhã. Fico muito honrado em ver apresentações tão lindas. Por isso, na data de hoje, além de parabenizar o nosso município, quero parabenizar cada um de vocês que são o coração do nosso município. Reafirmo meu compromisso de trabalhar diariamente para que possamos viver em um lugar ainda melhor!”, afirmou o prefeito.

Caetité: história de sua formação

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População estimada em 52.853, Caetité abastece o Brasil de Urânio pela INB

No começo do Século XVIII, 12 Km acima de um ponto primitivo de encontro, surgiu a povoação de “Caitaté”, que tempos depois passou a denominar-se Caiteté. Toda aquela terra pertencia à Casa da Torre, do mestre-de-campo Antônio Guedes de Brito.

Nesse povoado, membros da família Carvalho, construíram, em 1740, uma capela para devoção a Senhora Santa Ana, além de doar terras para a criação da nova freguesia. Filiada à matriz de Nossa Senhora de Rio de Contas, o povoado ficou até 1754 sob sua custódia, quando o Alvará Régio e a Provisão do 82 Arcebispo do Brasil, D. José Botelho de Matos, transformou o arraial em freguesia, com a denominação de Santa Ana de Caetité. Cinco anos mais tarde, novo Alvará Régio, de 5 de outubro, determinou a incorporação das terras à Coroa e uma provisão do Conselho Ultramarino, de 12 de julho de 1803, ordenou a criação da vila. Entretanto, somente em 1810 é que essa criação foi efetivada, tornando-se a localidade denominada de Vila Nova do Príncipe e Santa Ana do Caetité, em honra ao príncipe regente D. João VI. Esse mesmo Decreto criou o município com território desmembrado de Jacobina, sendo instalado a 5 de abril pelo ouvidor Antônio Gabriel Henriques Pessoa.

Por não ser local de mineração, como pretendiam os membros da Coroa, o município não teve tanta evidência, servindo de abrigo aos que fugiam das lutas partidárias do Primeiro Reinado e do Império. Era um refúgio inquestionável, tendo alguns dos seus integrantes fixaram residência e domicílio na região, dando origem às tradicionais famílias que até hoje compõem a sociedade regional.

Somente em 1867, no dia 12 de outubro, é que a vila foi elevada à categoria de cidade, já com o topônimo Caetité. Possuía 10 distritos (Caetité, Lagoa Real, São Sebastião do Caetité, Rio do Antônio, Passagem de Areia, Canabrava, Bonito, Santa Luzia e Aroeiras), até 1933, quando a nova divisão administrativa do País deixou-o apenas com cinco distritos (Lagoa Real, Bonito, Canabrava dos Caldeiras e Brejinho das Ametistas).

Novas reformas políticas deram a Caetité uma feição sócio-geográfica, com a inclusão do distrito de Junco Grande. Vieram novas reformas administrativas em nível federal, ficando Caetité com novas subdivisões, até que, em 1943, dele foi desmembrado Bonito, que recebeu o título de município, com a denominação de Igaporã. O município é sede da Diocese desde 20 de outubro de 1913, quando o papa Pio X lançou a bula Magnus na Jomarum bonum, sendo o primeiro bispo Dom Manuel Raimundo de Meio, que tomou posse por procuração, através do Monsenhor Luís Pinto Bastos, chegando ele a Caetité apenas em 1915, no dia 28 de fevereiro.

Entre as igrejas, destacam-se a de Nossa Senhora Santana (1754), Nossa Senhora do Rosário (1874), além da Catedral. Tradicionalmente, Todo dia 26 de julho, a cidade comemora a festa de Nossa Senhora Santana, padroeira local, havendo ainda a tradicional Mourama, festa que ocorre dia 2 de julho, durante as comemorações pela Independência da Bahia.

 

Municípios emancipados de Caetité

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Mapa da Vila Nova do Príncipe e Santana de Cayteté – 1810

Anajé (Conquista, 1962); Aracatu (Brumado, 1962); Barra do Choça (Conquista, 1962); Belo Campo (Conquista, 1962); Boa Nova (Conquista, 1880); Bom Jesus da Serra (Poções,1989); Brumado (1877); Caatiba (Conquista, 1961); Caculé (1919); Caetanos (Poções,1989); Candiba (Guanambi, 1962); Cândido Sales (Conquista, 1962); Caraíbas (Tremedal, 1989); Condeúba (1889); Cordeiros (Condeúba, 1961); Dário Meira; Encruzilhada (Macarani, 1952); Guajeru (Condeúba, 1985); Guanambi (seu território originalmente pertencia à Vila Nova, depois passou a Palmas de Monte Alto quando esta desmembrou-se de Macaúbas em 1840, por sua vez oriunda de Urubu em 1832); Ibiassucê (Caculé, 1962); Ibicuí (Poções, 1952); Igaporã (1953/58); Iguaí (Poções, 1952); Itagibá; Itambé (Conquista, 1927); Itapetinga (Itambé,1952); Jacaraci (1880); Lagoa Real (1989); Licínio de Almeida (Jacaraci/Urandi, 1962); Macarani (Conquista, 1921); Maetinga (Presidente Jânio Quadros, 1985); Maiquinique (Macarani, 1961); Malhada de Pedras (Brumado, 1962); Manoel Vitorino (Boa Nova, 1962); Mirante (Boa Nova, 1962); Mortugaba (Jacaraci, 1943?); Nova Canaã (Poções, 1961); Pindaí (Urandi, 1962); Piripá (Condeúba, 1962); Planalto (Poções, 1962); Poções (Conquista, 1880/1923); Presidente Jânio Quadros (1961); Ribeirão do Largo (Encruzilhada, 1989); Rio do Antônio (Caculé, 1962); Tremedal (Condeúba, 1953); Urandi (1889) e Vitória da Conquista (1840).

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