
Panoeiro já atuou na coordenação do grupo de combate à corrupção pela Advocacia-Geral da União (AGU), no Rio de Janeiro e depois na sede da AGU em Brasília. Marcos Corrêa/PR
O Ministério da Justiça e Segurança Pública abre portas para um profissional que faz história pela superação e pela capacidade intelectual. O presidente Jair Bolsonaro empossou nesta segunda-fera (8) o advogado da União, Claudio de Castro Panoeiro, para exercer o cargo de secretário Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Doutor em direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha, Castro Paneiro foi a primeira pessoa cega a fazer uma sustentação oral em um tribunal superior, em 2010, no Superior Tribunal de Justiça.
“O sucesso de qualquer pessoa, deficiente ou não, depende, fundamentalmente, de dois elementos. O primeiro que ela tenha vontade de chegar a algum lugar e segundo que tenha oportunidade de alcançar seus objetivos”, disse Bolsonaro ao dar a posse.

“O nosso governo, ao qual a vossa senhoria integra nesse momento, se sente muito honrado pelo seu passado, pela sua experiência e por aquilo que o senhor pode contribuir para com o nosso Brasil”, disse Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto. Foto: divulgação
“Sua memória e inteligência chamaram atenção de todos na instituição. O convidei para ficar um período em Brasília e a admiração aumentou, por sua capacidade de vencer os obstáculos e as dificuldades”, disse Mendonça, sobre o período em que era advogado-geral da União.
A primeira-dama Michelle Bolsonaro, que é ativista pelos direitos de pessoas com deficiência, disse que essa é a prova da necessidade de oferecer a todos os cidadãos as ferramentas certas para que possam desenvolver suas habilidades sem barreiras. “É isso que nos mostra a história profissional do doutor Claudio. De posse de tecnologias assistivas ele usufruiu das mesmas oportunidades oferecidas a seus pares e alcançou vitórias inimagináveis”, disse durante a cerimônia.
Para Michelle, para indicar uma pessoa com deficiência para um cargo é preciso “superar preconceitos que já estão arraigados em nossa sociedade”. “Infelizmente a deficiência ainda é considerada sinônimo de limitação”, lamentou.
Por: Valéria Aguiar | Agência Brasil
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