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Eleições 2020: aliado a Nilo Coelho, dr. Robério quer voltar à Câmara de Guanambi

Dr Robério - materia ok

 

Entrevista:

Dr. Robério Alves Neves | Por João Martins

 

Dentista, formado há 31 anos, Robério Alves Neves, 59 anos, natural da cidade de Candiba/BA, mas domiciliado e atuante em Guanambi, ele pretende voltar à Câmara de Vereadores de Guanambi, onde já cumpriu dois mandatos parlamentares (2001-2004 e 2005-2008). Desta vez, pelo PSDB, ele se une ao veterano líder Nilo Coelho, três vezes prefeito desta cidade, deputado federal, vice-governador e governador da Bahia nos anos de 1980.

 

 

 INTEGRAÇÃO – Dr. Robério, é dado como certa nos bastidores políticos sua pré-candidatura a uma vaga na Câmara Municipal de Guanambi. Isso se confirma e será mesmo em apoio a Nilo Coelho?

Dr. Robério – É sim. Hoje eu sou um aliado de Nilo Coelho, sou filiado ao PSDB. Estou com ele na luta pra desenvolver um projeto coletivo em Guanambi. Na verdade, eu serei candidato de um grupo de pessoas que me pediram para eu sair candidato. Tenho 34 lideranças que me pediram para sair. Meu mandato, por ser um projeto coletivo, na verdade não é meu, mas dessas 34 pessoas que estão comigo na luta por uma causa. Vamos poder contribuir bastante com Guanambi, porque Nilo Coelho é um guerreiro, é um homem de muita capacidade e muito organizado. No mandato passado, quando estivemos juntos, nós levantamos Guanambi dentro de quatro anos. Espero que possamos fazer o mesmo.

INTEGRAÇÃO – Você soma experiência de outros mandatos de vereador (2001-2004 e 2005-2008) e com relevante atuação parlamentar. Agora, decorridas três legislaturas, renasce o desejo de voltar. O que lhe motiva a essa decisão e qual sua proposta de trabalho desta vez?

Dr. Robério – Quando fui vereador eu até sugeri tirar o salário de vereador, mas fui instigado pelos colegas para não falar nisso; eu queria dedicar, também aos vereadores, a causas humanitárias, de forma que a gente pudesse trabalhar o social, um trabalho de doação, mas não aceitaram.

Na ocasião, não aceitaram, mas o aumento que seria dado aos vereadores durante os oito anos seguintes foram abortados. Naquele período, quando terminou o meu mandato, o salário do vereador pulou de R$ 2,5 mil para R$ 7 mil, imediatamente. Todos os aumentos assegurados durante os 8 anos foram dados aos vereadores; eram aumentos legais, porém imorais. Entendo que numa cidade de pouco comércio você botar o salário de um vereador lá em cima, acho que é gozação com a comunidade, acho uma palhaçada.

INTEGRAÇÃO – Então se você for eleito, essa será uma de suas propostas?

Dr. Robério – Com certeza. Hoje eu estou mais preparado, com 59 anos e, com certeza, mais maduro, mais apanhado. Agente aprende com o tempo: primeiro, no contato com a lei de Deus, depois com a lei dos homens.

INTEGRAÇÃO – Na sua gestão de vereador, muitos projetos importantes foram aprovados. Você se lembra de alguns mais relevantes?

Dr. Robério – Tem, por exemplo, projetos de escoamento sanitários, que defendi no meu mandato de e que Nilo – mesmo sabendo que eu era da esquerda – assinou (dizendo por que eu era seu amigo), mas dizendo que seria difícil sair. Tem o Minha Casa Minha Vida, do déficit habitacional, que teve minha aprovação para construção de 200 casas do Conjunto habitacional Monte Azul, o primeiro projeto feito em parceria com o Governo Federal. Conseguimos também aprovar financiamento junto do BNDS para o PMAT – Programa de Modernização da Administração Tributária e dos Setores Sociais Básicos Automáticos – para construção dos dois prédios da Prefeitura: da Administração e de Tributos.

INTEGRAÇÃO – O que você considera mais importante para uma gestão política satisfatória: sigla partidária forte ou acordo entre os grupos e poderes para uma gestão consensual?

Dr. Robério – Prefiro uma gestão consensual, mas depende do momento. A política é a arte de negociar. Então a proposta é ter um gestor coerente – é lógico que tem que ter choque de gestão –, tem que obedecer aos princípios da economicidade e da sustentabilidade; os projetos têm que ser ecologicamente correto, socialmente justo e economicamente viável.

INTEGRAÇÃO – As pessoas votam nos candidatos ou nos partidos?

Dr. Robério – As votações no Brasil têm sido uma vergonha. Nós temos facções criminosas governando, não temos pessoas voltadas às comunidades, com projetos pelas causas que defenderam na campanha. Tem também a questão de que o eleitor se vende muito. Faltando dois ou três dias para as eleições, tem candidato que vai às casas das pessoas oferecerem bloco, cimento, telha; e esses, que já vivem em estado de calamidade, aceitam o que lhes prometerem em troca do voto. Vivemos no estado omisso, opressor e corrupto onde ao invés de formar um cidadão, forma-se um indigente que depois vira delinquente.

INTEGRAÇÃO – O que ainda lhe leva a disputar um cargo político?

Dr. Robério – Pra dizer a verdade, eu não sei. Às vezes acho que é uma missão e que Deus coloca um fardo o quanto você aguanta carregar. Fomos criados em família de valores, de respeito, de caráter, de moral. Então, acho que é isso que nos motiva a lutar, a querer fazer alguma coisa pelo próximo, pelo social.

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