
As uvas já foram colhidas, com plena sanidade e maturação, e agora o vinho estagia em barricas de carvalho francês especiais para a cura do vinho branco. Fotos: Emerson Ribeiro / divulgação.
Era 5h da manhã da terça-feira, 18 de janeiro. O sol nem havia surgido e a Família Cristofoli já estava reunida na encosta onde está enraizado o vinhedo de uvas Chardonnay.
Nas fileiras de espaldeira, as mesmas mãos que cuidaram do solo, com agilidade e amor, foram colhendo, cacho a cacho, as primeiras uvas da Safra 2022. Nascia ali o “Instinto Chardonnay 2022”, que agora estagia, em silêncio, em duas barricas de carvalho francês, onde permanecerá durante oito meses, sob os cuidados da família Cristofoli, de Bento Gonçalves/RS. Dali, o primogênito da safra, irá para a garrafa, chegando à mesa do consumidor no final deste ano.
Do vinhedo para as barricas, onde é concluída a fermentação alcoólica, o Instinto Chardonnay 2022 é o primeiro exemplar da marca desta safra. Com ponto de maturação pleno e totalmente sãs, as uvas que originaram este vinho foram colhidas com 22 graus babo, o que resultou em 13% de álcool natural. Conduzida pela família, a colheita foi ao raiar do dia justamente para garantir uvas mais frias e, com isso, elaborar um vinho mais fresco com aromas diferenciados.
O verão de 2022 está bastante seco, marcado por dias quentes. Assim, as uvas amadureceram pegando sol do amanhecer ao entardecer. O manejo do vinhedo, com técnicas de controle da produtividade para maior concentração de açúcar, resultou em apenas 2,7 quilos por planta. Os 1.200 litros vão se transformar em 1.600 garrafas numeradas.
O Instinto Chardonnay 2022 seguiu o ritmo do vinhedo e é uma das preciosidades da família, que hoje chega a uma produção anual total de 36 mil garrafas por ano. Para o enólogo Lorenzo Cristofoli, 26 anos, este vinho é a personificação da trajetória da família com o potencial da região. “O Instinto Chardonnay 2022 traduz a união da nossa família, do legado de gerações de viticultores da Família Cristofoli, com o potencial da região para o cultivo dessas uvas. E o resultado não poderia ser outro: um vinho que agrada muito o nosso gosto, unindo fruta e carvalho, sem que a madeira esteja muito marcada”.
Por: Lucinara Masiero – Jornalista
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