O conflito entre a Rússia e a Ucrânia vem gerando diversos impactos econômicos por todo o mundo. Dentre eles, nas últimas semanas, o mercado de commodities vem sendo altamente impactado com o aumento significativo dos preços, como por exemplo, o do Níquel. O minério registrou alta histórica, gerando uma série de preocupações, podendo inclusive ocasionar a suspensão da produção dos carros elétricos.
A disparada nos preços deve-se, principalmente, devido a Rússia ser o maior produtor mundial de níquel. No Brasil, a Bahia liderou a produção em 2021. Conforme dados obtidos pela Agência Nacional de Mineração (ANM), a produção de 2021 superou em 180% a de 2020.
A produção baiana é realizada pela Atlantic Nickel, única produtora de níquel sulfetado no país. A empresa encerrou o ano de 2021 com desempenho operacional e financeiro recorde, após 11 embarques e 110.409,75 toneladas exportadas. “Olhamos para este resultado alcançado por nosso time com total convicção de que há muito mais a realizar em 2022. Depositamos toda confiança na capacidade das nossas equipes de entregar mais um ano recorde, com muita responsabilidade, e ampliando os estímulos econômicos para Itagibá e região”, avalia Ricardo Campos, gerente geral da Atlantic Nickel.
Localizada em Itagibá (situada a 370 quilômetros de Salvador), a Atlantic Nickel opera através de um contrato de pesquisa complementar e arrendamento com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). Os trabalhos de pesquisas executados pela empresa pública baiana, entre os anos de 1989 e 2000, estimaram um depósito de níquel no Complexo Mirabela, com recursos da ordem de 40 milhões de toneladas de minério.
De acordo com a Atlantic Nickel, a projeção é dobrar a capacidade produtiva, com o início da operação subterrânea na Mina Santa Rita, prevista para 2028, o que vai elevar o tempo de vida útil da mina de oito para 34 anos. Conforme a avaliação econômica preliminar, cerca de US$ 355 milhões devem ser investidos nos primeiros cinco anos desta nova fase. Além disso, a descoberta de um novo depósito com potencial significativo de recursos de níquel, no mesmo cinturão geológico, onde já funciona a Mina Santa Rita, deve elevar a produção de níquel no estado, nos próximos anos.
Em paralelo, as novas descobertas da CBPM devem ampliar ainda mais a produção do minério. No final do ano passado, dentre as sete licitações concluídas, com sucesso pela empresa, destaca-se a realizada, em Campo Alegre de Lourdes, norte do estado, para área com potencial para níquel, cobre e cobalto. A empresa vencedora, a Bahia Nickel, irá desenvolver os trabalhos de pesquisa mineral complementar.
Para o presidente da CBPM, Antônio Carlos Tramm, a pesquisa tem grande importância para o avanço da mineração na Bahia. “Nosso estado é um dos estados mais bem estudados geologicamente. Ao longo dos anos, trabalhamos no processo de pesquisa para mostrar o enorme potencial mineral da Bahia e seguir com a nossa missão de trazer investimentos privados para o estado, que vão impulsionar o desenvolvimento, gerando emprego e renda para os baianos. Afinal, minérios a Bahia tem”, enfatiza Tramm.
Fonte: Ascom |Companhia Baiana de Pesquisa Mineral – CBPM
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