Brasil é principal vítima global de roubo de dados; complexidade, diversificação e atualização de senhas são principais recomendações. (Reprodução: Freepik).
Celebrado na primeira quinta-feira de maio, o Dia Mundial da Senha foi criado com o objetivo de fomentar bons hábitos de segurança digital. Conforme levantamento da empresa NordPass, em parceria com especialistas de cibersegurança de 30 países, a senha mais usada pelos brasileiros é “123456”. Outra pesquisa, divulgada pela ISH Tecnologia, reforça o problema: 84,5% das senhas do ranking, no recorte brasileiro, seriam quebradas por um hacker em menos de um segundo.
Com a crescente ameaça de ciberataques e violações de dados, é preciso redobrar cuidados para manter a privacidade online. Estudo da Kaspersky aponta que o Brasil é a principal vítima mundial dos ataques que roubam dados e senhas – chamado de phishing. Outro levantamento, realizado pela SafeLabs na deep e dark web, descobriu que somente durante os primeiros três meses de 2024 os fraudadores tiveram à disposição mais de 253 mil senhas de brasileiros.
“Senhas fracas são portas de entrada para hackers e ataques de phishing. Elas representam o elo mais fraco na segurança cibernética, tornando fácil para invasores penetrarem nos sistemas e comprometerem dados sensíveis”, alerta o consultor de cibersegurança da keeggo, Jonathan Arend.
Segundo o especialista, novas tecnologias, como a biometria facial, aprimoram a segurança de senhas digitais: “Ela funciona capturando uma imagem do rosto do usuário, analisando características específicas e comparando-as com informações armazenadas previamente. Isso adiciona uma camada adicional de proteção que é difícil de replicar ou falsificar”.
O consultor da keeggo dá dicas para criar uma senha forte:
- Complexidade: use uma combinação de letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais. Evite sequências óbvias ou palavras do dicionário.
- Diversificação: não use a mesma senha para várias contas, o ideal é ter uma credencial única para cada serviço utilizado. Considere usar um gerenciador de senhas para criá-las e armazená-las.
- Evite informações pessoais: fuja do genérico. Não use dados pessoais como o próprio nome ou o de familiares, data de nascimento ou qualquer outra informação que possa ser encontrada na internet.
- Atualização regular: altere as senhas regularmente, pelo menos a cada três meses, além de manter o sistema operacional atualizado para garantir as últimas correções de segurança instaladas.
- Autenticação de dois fatores e biometria: reforce a segurança habilitando a autenticação em dois fatores sempre que possível e explore opções como a autenticação biométrica, para adicionar camada extra de proteção às contas.
“Ao adotar bons hábitos de segurança digital e aproveitar as tecnologias avançadas disponíveis, podemos proteger a privacidade e garantir uma experiência online mais segura para todos”, finaliza Arend.
Por: Helena Maeda / Press FC
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