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Elas no comando: conheça algumas mulheres que estão moldando o futuro do mercado

Dos 47,7 milhões de empreendedores com intenção de entrar no mercado nos próximos três anos, 54,6% serão mulheres. Karina Rehavia - fundadora e CEO da Ollo, empresa brasileira de contratação e curadoria de talentos presente em 32 países. (Crédito: https://anba.com.br / Divulgação)

Dos 47,7 milhões de empreendedores com intenção de entrar no mercado nos próximos três anos, 54,6% serão mulheres. Karina Rehavia – fundadora e CEO da Ollo, empresa brasileira de contratação e curadoria de talentos presente em 32 países. (Crédito: https://anba.com.br / Divulgação)

O empreendedorismo feminino segue crescendo e moldando novos caminhos no mercado. Segundo projeção da pesquisa Monitor Global de Empreendedorismo 2023 (Global Entrepreneurship Monitor – GEM), dos 47,7 milhões de empreendedores com intenção de entrar no mercado nos próximos três anos, 54,6% correspondem ao público feminino. Os dados refletem uma mudança significativa, na qual o Brasil caminha para um cenário onde o público potencialmente empreendedor é majoritariamente composto por mulheres.

No mês de celebração do Dia Internacional da Mulher (8 de março), mulheres que lideram os mais diversos setores, compartilharam perspectivas e contratempos enfrentados ao longo de suas carreiras. Confira abaixo:

“Como mulher à frente de uma empresa, constantemente enfrento desafios em um ambiente corporativo predominantemente masculino, principalmente ao ter que navegar por estereótipos de gênero. No entanto, acredito que essas experiências me tornaram mais resiliente, e hoje, ao olhar para trás, vejo que cada obstáculo superado foi uma oportunidade de aprendizado e crescimento. Tenho o compromisso de contribuir para que cada vez mais mulheres ocupem cargos de liderança nas empresas, criando um ambiente mais igualitário e representativo”, afirma Karina Rehavia, fundadora e CEO da Ollo, empresa pioneira em soluções Open Talent e referência na temática de futuro do trabalho.

A presença feminina no setor da saúde também passou por grandes transformações. “No passado, a participação feminina na Biologix era muito baixa, com uma mulher para cada 12 ou 15 homens. Hoje, mulheres representam 75% a 80% nas áreas de tecnologia e marketing, refletindo a crescente presença feminina, especialmente em setores antes dominado por homens. Além disso, a perspectiva feminina, voltada para o cuidado, agrega valor significativo, à medida que a tecnologia se torna essencial no atendimento ao paciente”, destaca Talita Salles, co-fundadora da healthtech Biologix.

No setor da tecnologia não é diferente: a presença feminina ainda enfrenta desafios significativos, apesar dos avanços dos últimos anos. Segundo Isadora Kimura, CEO da Nilo, a falta de representatividade e as barreiras estruturais do setor exigem que mulheres estejam constantemente provando sua capacidade. “No entanto, também vejo uma transformação em curso, com empresas cada vez mais conscientes da importância da diversidade para a inovação e o crescimento sustentável. Liderar nesse cenário significa não apenas abrir portas para outras mulheres, mas também incentivar mudanças que tornem o mercado mais acessível e equitativo para todos. Meu aprendizado mais valioso é que a mudança começa dentro das empresas, na forma como cultivamos oportunidades e promovemos ambientes inclusivos.”

Para Ana Luiza Marcolina, Founder e Chief Revenue Officer (CRO) da LaunchPad Influencers – plataforma de IA dedicada a influenciadores digitais -, ser mulher no mercado de trabalho nunca foi apenas sobre competência. É sobre provar o tempo todo que pertencemos a um espaço que deveria ser nosso por direito. “Estive em ambientes onde vi homens sendo promovidos por potencial, enquanto mulheres precisavam entregar resultados incontestáveis para serem reconhecidas. Quando trabalhei no mercado financeiro, um ambiente majoritariamente masculino, ser mulher em uma posição de liderança sempre significou enxergar problemas antes que eles se tornassem crises e, ainda assim, ser ignorada”, afirma.

Marilyn Hahn, co-founder e CBPO da Lerian, startup brasileira especializada em soluções de core banking, sempre teve o desejo de empreender para criar soluções inovadoras e transformar o mercado. Mas mesmo com o crescimento da presença feminina no empreendedorismo, especialmente no setor de tecnologia, ela conta que essa participação ainda é pequena. “Recentemente, participei de um evento e fui a única fundadora presente. Isso evidencia um desafio que ainda precisamos superar: embora o número de mulheres empreendendo esteja crescendo, a representatividade ainda é muito baixa. Temos um longo caminho pela frente, e acredito que é nossa responsabilidade, como fundadoras, incentivar e abrir portas para outras empreendedoras. E dentro desse universo de empreender, o que mais me motiva é ver uma tese se concretizando e pessoas realizando seus sonhos dentro dessa jornada”, complementa.

Na perspectiva de Fernanda Clarkson, COO da SuperFrete, plataforma em expansão que impulsiona o ecossistema de comércio eletrônico, ser mulher e liderar uma empresa é, ao mesmo tempo, inspirador e desafiador. “Ao longo da minha trajetória à frente da SuperFrete, percebi como é essencial quebrar padrões e abrir espaço para mais mulheres em posições de liderança — algo que buscamos ativamente na nossa cultura, com mais de 60% da liderança sendo feminina. Recentemente, com a experiência da maternidade, vivi na prática a importância de confiar no time e no trabalho em equipe, equilibrando carreira e família. Ainda é raro ver ambientes corporativos realmente preparados para apoiar esse equilíbrio, mas acredito que cada passo que damos hoje contribui para transformar essa realidade para as próximas gerações”.

“Fomos ensinadas a não errar e a sempre superar expectativas, mas sem nos sobressairmos demais. Precisamos ressignificar essa lógica: reconhecer e mostrar nosso valor, enquanto acolhemos nossa humanidade. O mercado e a liderança não precisam de super-heroínas, mas de mulheres reais”, conclui Simone Gasperin, Sócia & Head de Marketing e Growth da BPool, um EGM (Enterprise Gateway Marketplace) estabelecido para transformar as contratações de serviços de marketing, impulsionando negócios e carreiras.

Para as mulheres que além de líderes também são mães, há também o desafio de conciliar a maternidade com o serviço. Por mais que seja uma tarefa árdua, é algo visto por muitas mulheres como um desafio que pode ser superado de forma harmoniosa, como destaca Maria Fernanda Antunes Junqueira, co-fundadora e Managing Director da Atolls na América Latina e fundadora do Cuponation:

“Acredito que a maternidade e a carreira podem, sim, coexistir de forma harmoniosa na vida de uma mulher. É claro que não existe um mundo perfeito e que haverá dias mais desafiadores que outros. Mas, como mãe de três filhos e gestora de uma empresa, aprendi que a organização, o planejamento e uma rede de apoio sólida são fundamentais para navegarmos por esses desafios. É preciso encontrar um equilíbrio, saber delegar tarefas e, acima de tudo, dedicar tempo de qualidade aos nossos filhos. Não adianta estar presente fisicamente se estamos com a cabeça em outro lugar. A presença integral é essencial para construirmos laços fortes e criarmos memórias afetivas com nossos filhos. As empresas também possuem um papel fundamental no crescimento da mulher que deseja ser mãe no mercado de trabalho. Elas devem oferecer condições para que as mulheres possam prosperar em suas carreiras sem abrir mão da família”.

Informe à imprensa:  NR-7 Comunicação / Por: Nathalia Oliveira

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