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OMS projeta aumento de 86% na mortalidade por câncer de cabeça e pescoço no Brasil até 2050

Para mudar esse cenário, o caminho é não fumar ou consumir bebidas alcoólicas em excesso, vacinar contra o HPV, manter a higiene bucal em dia, não se expor ao sol sem proteção e usar preservativo nas relações sexuais, ressalta o Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP). (Crédito: Hospital de Amor).

Para mudar esse cenário, o caminho é não fumar ou consumir bebidas alcoólicas em excesso, vacinar contra o HPV, manter a higiene bucal em dia, não se expor ao sol sem proteção e usar preservativo nas relações sexuais, ressalta o Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP). (Crédito: Hospital de Amor).

Levantamento feito pelo Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP) na base Cancer Tomorrow da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS) traz dados preocupantes em relação à epidemiologia do câncer de boca/cavidade oral, laringe, faringe, nasofaringe, glândulas salivares, orofaringe e tireoide; tumores malignos alusivos à região de cabeça e pescoço. A projeção é que o número total de mortes no Brasil salte de 17 mil para 30 mil em 2050, representando um aumento de 86%. No mesmo período, o número total de casos deve aumentar de 61 mil para 93 mil em 2050, um aumento de 52%. Os dados de mortalidade no Brasil superam a média global. Para todo o mundo, a projeção é de aumento de 81,6% nas mortes por câncer de cabeça e pescoço até 2050.

Com a proposta de contribuir para a mudança desse cenário, o GBCP, em alusão ao Julho Verde, mês de conscientização sobre câncer de cabeça e pescoço, realiza a campanha “cultive prevenção, colha vida”. O tema escolhido aposta na mensagem de que, assim como uma planta precisa de um bom solo, cultivo e técnicas adequadas, a nossa saúde precisa de escolhas conscientes. Em câncer de cabeça e pescoço, as escolhas conscientes consistem em não fumar nenhum derivado do tabaco (incluindo cigarro eletrônico e narguilé), evitar bebidas alcoólicas, vacinar-se contra o HPV, manter a higiene bucal em dia, não se expor ao sol sem proteção, usar preservativos nas relações sexuais e estar atento aos sinais e sintomas.

“A prevenção deve ser cultivada diariamente. Escolhemos essa metáfora como fio condutor da nossa campanha porque queremos inspirar a sociedade a enxergar a importância dos hábitos saudáveis, do diagnóstico precoce e do autocuidado”, destaca a oncologista Milena Mak, presidente do GBCP.

Ao longo de todo o mês de julho, o GBCP, por meio de ampla campanha de Comunicação na imprensa, mídia digital e redes sociais, incluindo lives, série especial de vídeos, newsletter e ações presenciais em diferentes regiões do país, alertará sobre medidas de prevenção dos diferentes tipos de câncer de cabeça e pescoço. Todos os materiais estão disponíveis para download em www.gbcp.org.br. O convite é também para marcar o @gbcpoficial e utilizar sempre as hashtags: #CultivePrevenção #ColhaVida e #JulhoVerdeGBCP2025. Além do kit de divulgação, a campanha contará com duas lives especiais, a começar na terça (1), às 20h, com uma Live no canal do GBCP no YouTube.

MESMO A DOENÇA SENDO VISÍVEL, 8 ENTRE 10 CASOS SÃO DESCOBERTOS EM FASE AVANÇADA – Ao contrário do que ocorre em outros órgãos, quando o câncer acomete a região de cabeça e pescoço a doença é visível. Apesar disso, os sinais não são percebidos na maioria dos casos. No Brasil, 8 entre 10 casos de câncer que acometem, por exemplo, a cavidade oral, são descobertos já em fase avançada. “O diagnóstico tardio resulta em menor chance de controle da doença, pior qualidade de vida para o paciente, maiores taxas de morbidade e mortalidade, necessidade de cirurgias mais extensas, maior complexidade de outras modalidades de tratamento e maior demanda por reconstrução facial, assim como mais desafios na reabilitação do paciente”, alerta Milena Mak.

Os diferentes tumores localizados na região de cabeça e pescoço acometem a cavidade oral (boca, lábios, língua, gengiva, assoalho da boca e palato), seios da face (maxilares, frontais, etmoidais e esfenoidais), faringe (nasofaringe (atrás da cavidade nasal), orofaringe (onde se encontra a amígdala e a base da língua) e hipofaringe (porção final da faringe, junto ao início do esôfago), além da laringe (supraglote, glote e subglote), glândulas salivares e glândula tireoide.

QUAIS SÃO OS SINAIS?

Os principais sinais de alerta para câncer de cabeça e pescoço são:

– Ferida na boca que não cicatriza (sintoma mais comum)
– Dor na boca que não passa (também muito comum, mas em fases mais tardias)
– Nódulo persistente ou espessamento na bochecha
– Área avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, amígdala ou revestimento da boca
– Irritação na garganta ou sensação de que alguma coisa está presa ou entalada na garganta
– Dificuldade para mastigar ou engolir
– Dificuldade para mover a mandíbula ou a língua
– Dormência da língua ou outra área da boca
– Inchaço da mandíbula que faz com que a dentadura ou prótese perca o encaixe ou incomode
– Dentes que ficam frouxos ou moles na gengiva ou dor em torno dos dentes ou mandíbula
– Mudanças na voz
– Nódulos ou gânglios aumentados no pescoço
– Perda de peso
– Mau hálito persistente

Vale ressaltar que a existência de qualquer dos sinais e sintomas pode sugerir a existência de câncer, cabendo ao médico avaliar a necessidade de se pedir outros exames para confirmar ou não o diagnóstico. Muitos desses sinais e sintomas podem ser causados por outros tipos de câncer ou por doenças benignas. É importante consultar o médico ou o dentista se qualquer desses sintomas persistir por mais de três semanas. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores são as chances de sucesso.

Diagnostico precoce é  importante

Dados de 2025 sobre câncer de cavidade oral e laringe do levantamento SEER, do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos (NCI), apontam que em apenas 26% dos casos o câncer de cavidade oral é diagnosticado com a lesão ainda restrita ao local. Por conta da alta prevalência de diagnóstico tardio, a taxa de cura (o paciente estar vivo cinco anos após o diagnóstico) é de 69,5%.

Os dados mostram que 85,4% dos pacientes estão vivos cinco anos após o tratamento quando o tumor era inicial, localizado apenas no órgão. Quando a doença se espalha pelos linfonodos a taxa de sobrevida em cinco anos cai para 69,4%. Com doença à distância (metástase) a taxa é de 36,9%.

A triagem para o diagnóstico do câncer de cavidade oral começa na saúde primária, pelo exame clínico (visual) durante consulta ou durante atendimento com o dentista. A confirmação deste diagnóstico depende da biópsia. Esse procedimento, na maioria das vezes, pode ser feito de forma ambulatorial, com anestesia local, por um profissional treinado. A análise do material retirado em biópsia é feita pelo médico patologista, responsável por definir o subtipo e grau de agressividade.

Alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada, também auxiliam no diagnóstico, e, principalmente, ajudam a avaliar a extensão do tumor. O exame clínico associado à biópsia, com o estudo da lesão por tomografia (nos casos indicados) permite ao cirurgião definir o tratamento adequado. As lesões muito iniciais podem ser avaliadas sem a necessidade de exame de imagem num primeiro momento.

Mais informações do GBCP sobre câncer de cabeça e pescoço

Câncer de boca – https://www.gbcp.org.br/cancer-de-boca
Câncer de faringe – https://www.gbcp.org.br/cancer-de-faringe
Câncer de glândula salivar – https://www.gbcp.org.br/cancer-de-glandula-salivar
Câncer de laringe – https://www.gbcp.org.br/cancer-de-laringe
Câncer de tireoide – https://www.gbcp.org.br/cancer-de-tireoide
Câncer de paratireoide – https://www.gbcp.org.br/tumor-da-paratireoide
Câncer nos seios da face – https://www.gbcp.org.br/cancer-nos-seios-da-face

SOBRE O GBCP – O Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço é uma organização sem fins lucrativos estabelecida por meio da colaboração voluntária de seus membros, profissionais da área da saúde envolvidos na jornada de cuidado do paciente com tumores de cabeça e pescoço. O GBCP é um grupo multiprofissional com a missão de influenciar todo o ciclo de cuidado do câncer de cabeça e pescoço no Brasil, atuando em quatro frentes de trabalho: comunidade geral, cuidados com pacientes e cuidadores, profissionais de saúde e pesquisa científica. Informações em https://www.gbcp.org.br/.

Informações à Imprensa: SENSU Consultoria de Comunicação  | Por: Moura Leite Netto

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