A missão, em visita oficial à China, foi liderada pelo vice-presidente e conselheiro da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Celestino Zanella. (Foto: divulgação /Abapa).
Na última semana de junho, os cotonicultores brasileiros, em parceria com exportadores e governo, concluíram mais uma missão internacional para fortalecer os laços e incrementar a presença do algodão do Brasil nos mercados da China, Taiwan e Coreia do Sul. A missão fez parte da agenda do programa Cotton Brazil, iniciativa conjunta entre a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e ApexBrasil, e foi liderada pelo ex-presidente e atual conselheiro da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Celestino Zanella, que atualmente também é vice-presidente da Abrapa.
Além da promoção internacional da fibra nacional, a programação incluiu a participação na Conferência Anual da Better Cotton, realizada em Esmirna, na Turquia, que reuniu líderes da indústria global, agricultores, formuladores de políticas públicas e institucionais, além de especialistas em inovação, para dois dias de debates sobre a produção responsável de algodão. Em Seul, a comitiva teve entre os integrantes o governador do estado de Mato Grosso, Mauro Mendes.
Para Zanella, a missão foi estratégica, tanto do ponto de vista mercadológico, quanto institucional, “sobretudo para reforçar o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e intensificar o relacionamento com a Better Cotton”, disse. “Estes encontros com a BC devem ser mais frequentes, inclusive com a visita do seu quadro diretivo ao Brasil. É fundamental que vejam de perto o que os produtores daqui têm feito e as práticas adotadas no país”, destacou. Ele também enfatizou a importância de uma comunicação mais eficiente. “Cada nação tem sua realidade, e isso precisa ser respeitado. Mas é essencial que nós, produtores brasileiros, comuniquemos melhor os benefícios da nossa fibra ao mercado consumidor”, pontuou.
Ásia
A programação teve início em Guangzhou, na China, com reuniões com parceiros comerciais e participação na China International Cotton Conference (CICC 2025), um dos principais eventos da indústria têxtil chinesa. Na ocasião, foi apresentada dados sobre a safra brasileira 2025/26 e as perspectivas de exportação. A comitiva também visitou o conglomerado Haid Group, interessado no caroço de algodão brasileiro para uso em nutrição animal. “Grande parte do produto adquirido pelos chineses é usado em produtos têxteis voltados à exportação, principalmente para os Estados Unidos”, explicou.
Em Taipei, Taiwan, a delegação brasileira se reuniu com líderes da indústria têxtil local. A missão foi encerrada em Seul, capital da Coreia do Sul, com a realização do seminário “Cotton Brazil Outlook”, organizado em parceria com a Spinners & Weavers Association of Korea (SWAK), que representa 84% do consumo total de algodão do país e 95% do algodão importado pelo país asiático. O evento reuniu 40 representantes da indústria têxtil sul-coreana e destacou o aumento das exportações brasileiras. “São compradores exigentes, que prezam pela qualidade. Essa aproximação com os importadores é fundamental”, afirmou.
Fonte: Imprensa ABAPA
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