R$ 2 trilhões na mira para investimento: datacenters avaliam transformar a matriz energética brasileira

De olha no Brasil atual e no mercado futuro, e tendo em vista que o país enfrenta um paradoxo energético: – produz mais energia renovável do que consegue consumir, chegando a desligar usinas diariamente para equilibrar o sistema – os Datacenters – grandes consumidores de eletricidade – podem transformar esse excedente em oportunidade, ao mesmo tempo em que impulsionam a digitalização e a economia da inteligência artificial.

Com o lançamento do programa Redata – programa de incentivos fiscais do Governo Federal para atrair data centers -, o Brasil projeta atrair até R$ 2 trilhões em investimentos na próxima década. Esse volume decorre das condições únicas do país (energia limpa e abundante, custos competitivos e incentivos fiscais) que colocam o país no radar das big techs e de empresas globais que buscam reduzir sua pegada de carbono.

Grandes empresas de eventos, como Energy Summit, destaque em energia e sustentabilidade do mundo, enxergam que o Brasil – segundo sua assessoria de comunicação, em nota à imprensa – tem chance de liderar a corrida global por datacenters verdes, aproveitando sua matriz renovável abundante e custos competitivos de energia. Mas esse movimento – pondera a nota – exige planejamento e critérios sólidos de sustentabilidade, que contemplem desde eficiência hídrica até a destinação de resíduos eletrônicos.

Esse debate ganhou força recentemente também no cenário internacional, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou, em seu discurso na ONU, os investimentos em datacenters sustentáveis previstos para o país.

Fonte: Bendita Imagem / Por: Felipe Lopes