
Parceria vai capacitar Toledo, região Oeste do Paraná, produziu no ano passado um nono melhor queijo do mundo. O troféu do concurso foi entregue pelo governador Ratinho Junior ao Biopark, durante o Show Rural. (Créditos: Biopark).
Depois de ter um dos queijos desenvolvidos premiado como um dos nove melhores do mundo, o projeto que capacita, gratuitamente, pequenos e médios produtores de leite para a produção de queijos finos está ganhando nova proporção. Uma parceria entre o Biopark e o governo do Paraná deve levar a iniciativa para outras regiões do estado. Hoje, o projeto atende 29 produtores do Oeste do Paraná. O anúncio foi feito pelo governador Ratinho Junior durante visita ao estande do parque tecnológico no Show Rural, em Cascavel (PR).
“O Biopark por si só é um dos projetos mais audaciosos que nós temos no Brasil nesta área de pesquisa e tecnologia. Queremos replicar esse projeto para outras regiões do estado para que a gente possa fazer com que mais famílias que produzem leite e queijo colonial possam produzir queijos finos e aumentar o valor agregado dos seus produtos”, ressalta o governador. “Hoje, o quilo do queijo colonial é comercializado em média a R$ 25, já o quilo do queijo fino pode chegar a R$ 150”, complementa o governador.
“Há seis anos começamos a produzir queijos finos e a compartilhar esse conhecimento com pequenos e médios produtores de leite. Hoje já desenvolvemos a técnica de 60 tipos diferentes de queijos finos e logo vamos conseguir comercializá-los em todo o país”, frisa o presidente do Biopark, Victor Donaduzzi. “A parceria com o governo do estado é importante porque nos ajuda a ampliar esse projeto além da região Oeste, onde estamos inseridos”, afirma Victor.
Queijos Nobres Paraná
A partir de agora, em parceria com a Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, a ideia é expandir essa iniciativa a outros produtores de queijos do estado, segundo maior polo leiteiro do país. “Estamos com uma parceria com o governo do estado em que cedemos 20 cursos, ao longo de dois anos, para turmas de produtores paranaenses. Os queijeiros selecionados virão até o parque tecnológico para fazer esse treinamento conosco”, explica o pesquisador de queijos do Biopark, Kennidy Bortoli.
O projeto Queijos Finos leva inovação ao preparo do produto. A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor, então, escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Produzido com maracujá e flor de calêndula, o Queijo Passionata foi eleito o nono melhor do mundo. (Foto: Arquivo/Bio Park Educação).
Melhores do mundo
Em novembro do ano passado, o Biopark participou do concurso World Cheese Awards, em Portugal. O queijo, produzido com maracujá e flor de calêndula, foi desenvolvido especialmente para a competição. Concorrendo com 4.786 queijos de vários países, o Queijo Passionata foi eleito como o nono melhor do mundo. “Os ingredientes são fixados com uma resina feita a partir de caseína, a proteína do leite. Ele lembra um mousse de maracujá e precisa da mastigação e deglutição para que todos os seus sabores sejam liberados”, explica Kennidy.
Sobre o Biopark
O Biopark está localizado em Toledo, região Oeste do Paraná, com o foco no desenvolvimento regional por meio da educação, da pesquisa e da geração de negócios. Atualmente, mais de 180 empresas atuam no local, gerando empregos e progresso. Três instituições federais de ensino estão instaladas no Biopark, a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e o Instituto Federal do Paraná (IFPR).
Informe à Imprensa: Central Press
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