
“Este diálogo é estratégico para alinhar expectativas entre a demanda e a oferta diante dos cenários prováveis, e balizar as decisões de lado a lado”, disse a presidente da Abapa, Alessandra Zanotto Costa. (Divulgação Abapa)
No primeiro dia da programação oficial do ICA Trade Event, em Dubai, na quarta-feira (8), além das conferências com os maiores nomes da cadeia produtiva do algodão e especialistas em todo o mundo, a presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Alessandra Zanotto Costa, acompanhou uma intensa programação de reuniões.
A primeira rodada das reuniões foi na tradicional Sala da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na qual, uma a uma, as tradings de algodão apresentam suas expectativas e atualizam o panorama do mercado para os produtores. “Este diálogo é estratégico para alinhar expectativas entre a demanda e a oferta diante dos cenários prováveis, e balizar as decisões de lado a lado”, explica Alessandra.
Outro momento importante foi o encontro com representantes da American Cotton Shippers Association (ACSA), dos Estados Unidos e da Austrália, articulada pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, na qual as entidades apresentaram as estratégias e iniciativas já em andamento para esclarecer a população mundial acerca dos impactos dos microplásticos na natureza e na saúde humana, a exemplo da campanha “Plant Not Plastic”, que reforça a conexão entre as escolhas de consumo e as consequências, quando se trata de tecidos sintéticos, derivados de matérias-primas fósseis. Esta foi a segunda tratativa com as organizações, mas, pela primeira vez, presencialmente.
Na reunião, a campanha Plant Not Plastic foi detalhada por representante do National Cotton Council of America (NCC). Este tema também foi enfatizado em palestras da ICA 2025 – como a do diretor global da divisão de algodão da Louis Dreyfus Company, Joe Nicosia – como uma demanda urgente do setor da fibra, que vem perdendo participação ante as concorrentes artificiais e sintéticas.
“Como o maior exportador mundial de algodão, o Brasil não apenas quer ser parte da solução, como entende isso como uma missão para a qual deixamos de lado a competição de mercado com Estados Unidos e Austrália, para pensarmos juntos e nos tornarmos aliados nesta frente. Foi uma reunião muito inspiradora e que esperamos que possa frutificar”, concluiu Alessandra.
Fonte: Boletim Abapa de Notícia
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