Segundo informações da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), atualmente, no Brasil, são produzidos 520 kg de resíduos por habitante a cada dia. Ainda de acordo com o órgão, a construção civil gera, por ano, em torno de 87,2 milhões de metros cúbicos de resíduos. Justamente por causa destes dados, a previsão de um futuro produtivo para o setor se baseia na busca por processos mais industrializados e tecnológicos, para que os recursos sejam utilizados de forma mais racional e alinhada com o propósito de reduzir desperdícios em canteiros de obras.
De acordo com a Diretora de Marketing da empresa de revestimentos inteligentes Ecogranito, Simone Las Casas, além de adotar diversas práticas para amenizar os impactos da indústria de construção civil ao meio ambiente, é preciso incentivar os colaboradores a inovarem, por meio da implementação de melhores práticas para a execução dos serviços, sempre em concordância com o conceito de sustentabilidade corporativa. “Neste sentido, projetos de engenharia civil e arquitetura inteligentes devem ter como foco o melhor aproveitamento das características do terreno e também da natureza, tais como, a iluminação solar natural para poupar o uso de lâmpadas quando a construção estiver finalizada”, explica.
Plástico reciclado, madeira de reflorestamento, concreto reciclado – concreto aproveitado a partir da demolição de outros edifícios – são algumas opções de materiais que podem ser usados para reduzir o impacto ambiental. Outra alternativa é o próprio Ecogranito, que é gerado a partir do beneficiamento de resíduos de granito e mármore, provenientes da exploração de jazidas, é composto de resinas aquosas, que não prejudicam o meio ambiente e, além disso, utiliza o reaproveitamento de água em sua cadeia produtiva.
“A questão não é substituir o trabalho manual, mas adaptá-lo para o avanço tecnológico. Deste modo, é possível obter uma grande diminuição de custos e o aumento de produtividade, com o mínimo impacto ambiental possível”, avalia Simone.
Por: Jornalismo Naves Coelho
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