A aliança liberal-conservadora que elegeu Jair Bolsonaro presidente da República tem dado trabalho ao chefe do Executivo. Em menos de seis meses de governo, já assistimos a diversas brigas por poder. As disputas ocorrem em ministérios, agências de regulação e comércio e, sobretudo, no parlamento.
Os novatos e atabalhoados conservadores do PSL não conseguem dar suporte ao Executivo. Todos os dias um integrante da sigla alfineta outro correligionário nas redes sociais. E diga-se: Todos os dias não é exagero.
O NOVO, que teve candidato próprio nas eleições de 2018, mas que carrega uma pauta liberal bastante próxima à encapada por Bolsonaro, se recusa a assumir o carimbo de governista.
Os velhos liberais do antigo PFL até que embarcaram na onda ‘bolsonarista’, mas a parte centrista do partido – ‘centrãozista’, para bom entendedor – reluta em dar apoio absoluto. E isso ficou claro na convenção nacional, realizada pela sigla nesta quinta-feira (30).
Enquanto os direitistas da velha guarda, Ronaldo Caiado e Onyx Lorezoni discursavam pela adesão oficial do DEM ao governo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, permanecia de com a cara fechada, sem mostrar empolgação alguma.
Ao mesmo tempo que a plateia de militantes aplaudia inflamada os discursos pró-governo, o líder do DEM na Câmara, Elmar Nascimento, mantinha-se de braços cruzados.
Diante do cenário, a conclusão só pode ser uma: se a dita ‘direita’ não se une por um governo liberal-conservador, quem pode comemorar é a ‘esquerda’.
Fonte: Agência do Rádio
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