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Aroira da Caatinga: professora da Unifor encontra efeitos fitoterápicos também nos brotos da árvore

As propriedades das plantas medicinais são estudadas com rigor em suas pesquisas e compartilhadas com os alunos em sala de aula. Foto: Shimba da Mata / reprodução

As propriedades das plantas medicinais são estudadas com rigor em suas pesquisas e compartilhadas com os alunos em sala de aula. Foto: Shimba da Mata / reprodução.

Doutora em Ciências Farmacêuticas, Wellyda Aguiar, professora do curso de Farmácia da Unifor, ganha mais notoriedade quando o assunto é Fitoterapia. As propriedades das plantas medicinais são estudadas com rigor em suas pesquisas e compartilhadas com os alunos em sala de aula.

Numa matéria postada pelo “Entrevista Nota 10”, da Unifor, dia 12 Julho 2021, a professora destaca o papel dessa ciência na prevenção e tratamento de certas doenças.

Dra. Wellyda Aguiar, da sua graduação ao doutorado estudou a Aroeira-do-Sertão; e é sobre essa variedade da flora nordestina, especialmente da Caatinga, que ela destaca os seus benefícios medicinais.

“Aroeira-do-Sertão – nome científico da planta Myracrodruon urundeuva – disse ela – é uma das plantas mais populares do Nordeste do Brasil, de cuja árvore a casca é dotada de propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes e antiúlcera cientificamente comprovadas”. A partir dos extratos de sua entrecasca são preparados nas Farmácias Vivas o Elixir e o Creme Vaginal de Aroeira, usados nos casos de úlcera e cervicovaginites, respectivamente.

DR.-ROBERIO

Brotos e entrecascas têm mesmo teor

Essa importante planta está ameaça de extinção, por conta da coleta predatória de sua casca. “Dessa forma – denuncia a doutora -, demos continuidade à pesquisa da Dra. Mary Anne Bandeira, atual coordenadora do Programa Farmácia Viva. Os resultados comprovaram que os brotos com 40 cm de altura (aproximadamente 6 meses de desenvolvimento) têm atividade farmacológica similar à entrecasca da planta adulta.

“Na prática, isso significa que, ao invés de retirar a casca de uma árvore adulta, cultivamos os brotos (a planta jovem) para a produção dos medicamentos fitoterápicos, o que contribui para a preservação da espécie. Vale ressaltar que parte dessa pesquisa foi desenvolvida no Núcleo de Biologia Experimental (Nubex) da Unifor, e que os resultados estão publicados em artigo internacional. Dessa forma, o trabalho desenvolvido, além de atender as necessidades da Farmácia Viva, no sentido de prover matéria-prima vegetal para a produção dos fitoterápicos, evidencia uma proposta ecológica de preservação da espécie”, concluiu a dra. Wellyda.

*Dra. Wellyda Aguiar é professora do curso de Farmácia da Unifor. Foto: Acervo pessoal / divulgação

*Dra. Wellyda Aguiar é professora do curso de Farmácia da Unifor. Foto: Acervo pessoal / divulgação

Pioneirismo do Ceará

O Ceará é o estado pioneiro do Programa Farmácia Viva, cujo  programa de assistência social farmacêutica é voltado para o emprego de espécies medicinais cientificamente validadas, além de ter uma política de implantação da Fitoterapia em Saúde Pública.

O estado tem uma regulamentação estadual (Portaria SESA Nº 275 DE 20/03/2012) que traz 30 plantas medicinais, cientificamente validadas, que são usadas para prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças prevalentes na população do Ceará.

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