REVISTA DIGITAL

Guanambi . Bahia .
Você está aqui: Capa » Destaques » MPF pede demolição de barraca de praia irregular em APP em Porto Seguro (BA)

MPF pede demolição de barraca de praia irregular em APP em Porto Seguro (BA)

Barracads de praia em App cópia

Ação busca, ainda, responsabilizar a União e o Município de Porto Seguro por omissão no dever de proteger o meio ambiente. Algumas Barracas são edificadas em área da União, na Praia dos Coqueiros, zona de preservação permanente (Foto: reprodução)

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil para que o empresário Eglius Felipe Bastos remova a Cabana Kebra Mar da Praia de Mucugê em Arraial D’Ajuda – Porto Seguro (BA). A ação busca, ainda, responsabilizar a União e o Município de Porto Seguro pela omissão no dever de proteger o meio ambiente, especialmente áreas não edificáveis, terras de marinha, faixa de praia e restinga.

Segundo a ação, assinada em 17 de junho pelo procurador da República Edson Abdon Peixoto Filho, a área ocupada pelo empreendimento é considerada terreno de marinha e, portanto, bem da União, além de ser tombada como patrimônio cultural, por integrar o município de Porto Seguro. O empreendimento, porém, não possui autorização nem da Superintendência de Patrimônio da União (SPU) e nem do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O MPF destaca que a construção da Cabana Kebra Mar nem sequer poderia ter sido autorizada, pois a União não pode permitir a ocupação particular de áreas de preservação permanente, de uso comum do povo, de segurança nacional, de preservação ambiental e das necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

De acordo com o procurador, houve omissão da União e do Município e Porto Seguro no dever de fiscalizar o local para impedir a construção do empreendimento e evitar os prejuízos causados. Para que não sejam empreendidas novas construções no local, gerando mais danos ambientais e visuais, o MPF requer não só a imediata demolição da estrutura como a retirada dos equipamentos existentes (incluindo espreguiçadeiras, cadeiras, mesas etc) e a recuperação da área degradada.

Indenizações

O MPF requer que o empresário Eglius Felipe Bastos pague à União indenização pelo uso indevido e abusivo de bem de seu domínio e por danos extrapatrimoniais coletivos em valor não inferior a R$ 50 mil reais, pela degradação ao meio ambiente. O órgão requer, ainda, a condenação do Município de Porto Seguro e da União ao pagamento de indenização – em valor a ser definido pela Justiça – pelo dano ambiental causado em consequência da sua omissão no dever de fiscalizar.

Pedidos do MPF

O MPF requer, ainda: que os acionados recuperem a área danificada, a partir da elaboração de um Plano de Recuperação de Área Degradada, que deve ser aprovado pelos órgãos competentes; e que a Prefeitura Municipal de Porto Seguro e a União fiscalizem e acompanhem o processo de demolição e a retirada dos entulhos e equipamentos relacionados à Cabana Kebra Mar na Praia de Mucugê.

Cabe deferimento

Após receber a ação, a Justiça decidirá primeiramente a respeito do pedido liminar (que pode ser deferido ou não pela Justiça) e, no decorrer do processo serão analisados os pedidos definitivos e a participação de cada acionado. Ao final, o juiz profere a sentença, que pode resultar na condenação e na aplicação de penas aos acionados.

Informe: Ascom |MPF/BA

Comente esta matéria

O seu endereço de email não será publicado. Campos requeridos estão marcados *

*

Não serão publicados comentários com xingamentos e ofensas ou que incitem a intolerância ou o crime. Os comentários devem ser sobre o tema da matéria e sobre os comentários que surgirem. As mensagens que não atendam a essas normas serão deletadas. Os que transgredirem essas normas poderão ter interrompido seu acesso a este veículo.

Scroll To Top