O pau-rosa – espécie comum da Amazônia, já em extinção – produz um óleo essencial usado por perfumistas e famosos do mundo todo. Foto: reprodução
Os chamados óleos essenciais e lipídicos não são usados apenas na medicina alternativa e em receitas caseiras. Em grandes laboratórios são matéria-prima de medicamentos e de produtos como cremes, maquiagem e perfumaria (Óleos essenciais: aqueles extraídos das plantas, por meio de um destilador; os óleos lipídicos: são os extraídos pelo processo de esmagamento de sementes).
O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) possuiu uma das mais antigas e importantes coleções de plantas medicinais e aromáticas do Brasil. Na coleção encontram-se remédios, corantes, perfumes.
O Instituto é autor de várias pesquisas com os óleos para a indústria cosmética e farmacêutica. Dentre as pesquisadas está o linalol natural, presente na fórmula de famosos de perfumes, como o Chanel nº 5, que ganhou destaque como o favorito da atriz Marilyn Monroe.
O linalol é um componente do óleo extraído do pau-rosa, uma espécie da flora amazônica
História
Amostras de óleos essenciais IAC. Foto: Thiago Arruda / reprodução
O grande interesse pelo linalol na década de 1960, elevou o preço da substância e assim surgiram produtos sintéticos. Apesar disso, indústrias da perfumaria fina continuaram em busca do produto autêntico. Com isso, em 1990, o IBAMA proibiu o corte e extração do pau-rosa, porém as empresas conseguiram na Justiça o direito de manter a exploração até hoje e perfumistas do mundo inteiro usam a matéria-prima que vem da Amazônia, fazendo com que a árvore “pau-rosa” entrasse para a lista de espécies em extinção.
Fonte: FOCORURAL
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