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Governo assina contrato de concessão da FIOL I com a BAMIN. Mineradora vai investir R$ 3,3 bi

Presidente Jair Bolsonaro, ministro Tarcísio, empresários da Bamin e autoridades na cerimônia de assinatura do Contrato de Concessão da FIOL I, em Tanhaçu/BA. Foto: Fiol

Presidente Jair Bolsonaro, ministro Tarcísio, empresários da Bamin e autoridades na cerimônia de assinatura do Contrato de Concessão da FIOL I, em Tanhaçu/BA. Foto: Fiol

O Governo Federal assinou no último dia três, em Tanhaçu (BA), o contrato com a Bamin (Bahia Mineração S/A) pela concessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), referente ao trecho 01, entre Ilhéus e Caetité, por um período de 35 anos.

A assinatura do contrato da Fiol I, que foi leiloada em abril, durante a Infra Week, permite a continuidade das obras durante os próximos meses, impulsionando a economia local, além de reduzir o custo do frete do transporte de minério com a entrada da ferrovia em operação.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, a Fiol 1 receberá investimentos privados de R$ 3,3 bilhões, sendo que cerca de R$ 1,6 bilhão será usado para o término do segmento de 537 quilômetros, hoje com 75% das obras concluídas.

Assinado o contrato de concessão com o Governo Federal, a BAMIN vai retomar a construção, até então administrada pela Valec, cabendo-lhe  o Trecho 1, que conecta as cidades de Ilhéus, Uruçuca, Aureliano Leal, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Itagi, Jequié, Manoel Vitorino, Mirante, Tanhaçu, Aracatu, Brumado, Livramento de Nossa Senhora, Lagoa Real, Rio do Antônio, Ibiassucê e Caetité.

fiol mapaTrechos 2 e 3 da ferrovia

Quando estiver pronta, a Fiol será um corredor de escoamento com 1.527 quilômetros de trilhos, ligando o futuro porto de Ilhéus, no litoral baiano, ao município de Figueirópolis, em Tocantins, ponto em que se conectará com a Ferrovia Norte-Sul e o restante do país.

Os trechos II e III da Fiol, também qualificados no PPI, estão, nesse momento, em estudos pelo Governo Federal para possibilitar parcerias com o setor privado.

Movimentar 60 milhões de toneladas por ano

Quando concluída, a FIOL terá capacidade para movimentar 60 milhões de toneladas por ano, com o BAMIN utilizando apenas um terço desse potencial. Dois terços dessa capacidade estarão disponíveis para outras mineradoras, agronegócio, e todos os demais setores que precisarem escoar seus produtos e receber insumos, máquinas e implementos agrícolas.

Para a BAMIN, a importância da FIOL é dupla, pois faz parte de um projeto de logística integrada que liga a Mina Pedra de Ferro, em Caetité, ao Porto Sul, que está sendo construído em Ilhéus. A mineradora já começou a produzir minério de ferro neste ano e deve movimentar 1 milhão de toneladas. Quando o Porto Sul e a FIOL forem concluídos, até 2026, a BAMIN será capaz de produzir 18 milhões de toneladas por ano.

Retomada em 120 dias

Uma vez assinado o acordo, a BAMIN terá 120 dias para dar andamento da obra e avaliar outras questões relacionadas. Será uma fase preliminar – informa a empresa – para a elaboração do plano de retomada das obras civis previstas para o segundo semestre de 2022.

A retomada da construção gera expectativas de desenvolvimento, seja no âmbito federal, pelo que a FIOL representa em termos de fortalecimento do modal ferroviário e ganhos para o comércio exterior brasileiro, seja no âmbito local, nos 20 municípios que estão ao longo do traçado da nova ferrovia.

A BAMIN prevê instalar mais de 30 pátios de carga ao longo da rota, criando oportunidades para os produtores regionais, potencializando as cadeias produtivas instaladas ao longo do caminho. Por onde a FIOL passar, possibilitará novos negócios, arrecadação de impostos, geração de empregos e renda. O Ministério da Infraestrutura estima a geração de 55 mil empregos diretos e indiretos com a construção da ferrovia, em cinco anos.

Impulso para minério e agronegócio

A FIOL trará um grande beneficio para todos os setores de mineração da Bahia, estado que possui várias empresas desse segmento, e que estarão ao alcance da ferrovia.

Na ótica de Eduardo Ledsham, CEO da BAMIN,  “a Mina Pedra de Ferro, Porto Sul e agora a FIOL, que a BAMIN está desenvolvendo na Bahia, constituem um marco histórico de transformação para a economia, para o orgulho e a autoestima da população do estado e de todos os brasileiros. Estamos construindo um novo corredor logístico para integrar o Oeste com o Leste do Brasil, com um novo e importante corredor de exportação. Tanto a FIOL quanto o Porto Sul certamente contribuirão para o crescimento e o desenvolvimento sustentável da região. O estado da Bahia ocupará uma nova e importante dimensão na economia nacional, tornando-se também o terceiro maior produtor de minério de ferro do país, gerando riquezas, distribuição de renda e elevando a qualidade de vida de sua população”.

À imprensa da BAMN, o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes (Aiba), Odacil Ranzi, declarou que a FIOL é muito bem-vinda, tendo em vista que o novo modal vai reduzir os custos de transporte, o que poderá beneficiar a entidade, já que estima embarcar mais de 10 milhões de toneladas de grãos e fibras anualmente. Ele lembra, ainda, a existência de grande quantidade de carga, não dimensionada, nas áreas da pecuária, piscicultura, madeira, celulose e fruticultura, expansão das áreas de cacau e de banana, produtos que a Bahia é o maior produtor do país.

Presidente Jair Bolsonaro participou da Cerimônia de Assinatura do Contrato de Concessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL I), em Tanhaçu/BA. Foto: Marcos Corrêa/PR.

Presidente Jair Bolsonaro participou da Cerimônia de Assinatura do Contrato de Concessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL I), em Tanhaçu/BA. Foto: Marcos Corrêa/PR.

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