A última atualização da Organização Panamericana de Saúde (OPS), no dia 11 de janeiro de 2023, relata casos de influenza aviária no continente americano no Canadá, Estados Unidos, México (América do Norte), Honduras, Panamá (América Central), Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela (América do Sul). Desde então, outros países, como Cuba e Guatemala, na América Central, e na América do Sul, Bolívia, Uruguai e Argentina também registraram surtos. No todo, são 16 países nas Américas com registros da doença altamente patogênica. Destes, oito estão na América do Sul, e seis fazem fronteira com o Brasil, de norte a sul do país.
Diante da recente confirmação de casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP – vírus H5N1) na Argentina e no Uruguai, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reforçou último dia 15 que o Brasil continua livre da doença, mas está aumentando o status de vigilância.
“Estamos tomando providências preventivas, reforçando nosso sistema de vigilância nas fronteiras, mas garantindo que, por ora, o Brasil continua com status livre da gripe aviária”, disse Fávaro em entrevista à imprensa, ressaltando que a doença não é transmitida pela carne de aves e nem pelo consumo de ovos.
O Mapa esteve realizando reunião (dia 16) com todo o Sistema Brasileiro de Defesa Agropecuária, que reúne órgãos públicos e representantes da iniciativa privada, para estabelecer a cadeia de comando e ação para os casos de detecção ou sintoma de influenza aviária. O Departamento de Saúde Animal também está em contato em tempo real com as autoridades sanitárias dos países vizinhos, segundo Goulart.
Conforme notícias do MAPA, pelo secretário de Defesa Agropecuária da Pasta, Carlos Goulart, “há um período mais crítico, entre abril e maio, relacionado à passagem de aves migratórias pelo país, sendo possíveis vetores da doença. “Estamos passando pela fase aguda de risco de ocorrência, até elas voltarem à sua migração natural que ocorre todos os anos para o hemisfério norte”, disse.
A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves domésticas e silvestres. Foto: Agência Brasil.
Estados do Sul se unem
Na tentativa de blindar a principal região do país produtora e exportadora de carne de frango, o Sul, há uma articulação que está sendo discutida entre autoridades do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para tentar blindar a área caso a doença seja encontrada no país. A estratégia foi apresentada pelo Governador do Paraná, Carlos Massa Ratinha Junior com membros do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) no Show Rural, em Cascavel.
Outras entidades do setor avícola e autoridades, com o secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara. “Um bloco único e independente evita a perda do status sanitário do Paraná caso haja o ingresso da gripe aviária em qualquer outra parte do Brasil, que assim como o nosso Estado nunca teve nenhum caso, mas que é um risco que ronda a América do Sul neste momento”, afirmou. “A avicultura é um segmento muito importante para a economia paranaense, por isso nós ouvimos as demandas e trocamos informações com o Sindiavipar para estimular e manter esse grande ativo paranaense que é a produção da carne de frango”.
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