A Unidade de Concentração de Urânio em Caetité, na Bahia, é a única em atividade no Brasil, de onde sairá o concentrado de urânio (U3O8) para beneficiamento no exterior: conversão e enriquecimento. (Foto: Divulgação).
A Indústrias Nucleares do Brasil – INB firmou contrato com a Internexco GmbH, do grupo Rosatom, da Rússia, para a exportação temporária para processamento no exterior de até 275 mil kg de concentrado de urânio (U3O8) produzidos na Unidade de Concentração de Urânio em Caetité, na Bahia, para a realização de duas etapas de beneficiamento no exterior: conversão e enriquecimento.
O produto final beneficiado será devolvido, até dezembro de 2027, na forma de UF6 enriquecido a 4,25%, que será utilizado na fabricação do combustível nuclear que abastece a Central Nuclear de Angra dos Reis.
De acordo com o presidente da INB, Adauto Seixas, para viabilizar o envio do material já está em andamento o planejamento logístico das operações terrestres no Brasil, a contratação do transporte marítimo internacional do porto de Salvador até a Rússia, e o licenciamento da exportação.
– A INB tem planos para aumentar a frequência destas contratações, mediante futuras licitações internacionais, seguindo a bem-sucedida retomada da produção de urânio em Caetité – informou Adauto Seixas.
A conversão é a única etapa do ciclo do combustível nuclear que a INB não realiza e consiste na transformação do yellowcake em hexafluoreto de urânio (UF6), um composto que tem como propriedade passar para o estado gasoso em baixas temperaturas. Na forma de gás é realizada a etapa de enriquecimento.
A Usina de Enriquecimento da INB está sendo implantada em etapas na Fábrica de Combustível Nuclear, em Resende/RJ, com capacidade anual instalada para atender cerca de 70% da necessidade de urânio enriquecido necessário para uma recarga de Angra 1.
Para a contratação foi realizada uma licitação internacional que tinha como critério de julgamento o menor preço global, respeitando todos os pré-requisitos técnicos que garantam o pleno atendimento das necessidades da INB.
Fonte: INB / GECIN.P
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